terça-feira, 26 de outubro de 2010

Movimento das Estrelas

(Crédito da Imagem: observatório La Silla, telescópio Trappist)

“Estrelas mudam de lugar”. Essa frase de uma canção de autoria de Roberto e Erasmo Carlos não é apenas uma afirmação de cunho poético, fruto da inspiração e imaginação dos dois, ela possui sim um embasamento científico.

Não estamos tratando dos movimentos aparentes que as estrelas realizam no céu devido aos movimentos de rotação e translação da Terra, que podem ser facilmente observados. Retirando-se esses movimentos aparentes, numa análise superficial, as estrelas parecem estar fixas no céu em relação as outras. Mas uma análise mais cuidadosa nos revela que as estrelas mudam muito lentamente suas posições, sendo que elas possuem, cada uma, seu próprio movimento.

Como foi descoberto por Edwin Hubble, em meados da década de 1920, o universo todo está em expansão e tanto as estrelas, como também os sistemas solares e as galáxias estão em movimento. Deve-se somar também, contribuindo para o movimento das estrelas, as interações gravitacionais dos elementos existentes no universo, como os buracos negros e as estrelas de nêutrons.

O estudo do movimento das estrelas em meio aos seus aglomerados pode oferecer informações sobre como esses aglomerados se formaram e até dados para se analisar possíveis presenças de buracos negros ou outros elementos nas suas proximidades.

O movimento das estrelas foi notado pela primeira vez por Edmund Halley em 1718, ao constatar uma diferença de meio grau na localização das estrelas Arcturus e Aldebaran comparando-as com a medição efetuada por Hiparco, realizada cerca de 1850 anos antes.

Enfim, podemos afirmar, sem medo de estar cometendo um erro, que realmente as estrelas mudam de lugar.


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