terça-feira, 12 de outubro de 2010

A consequência da grande Supernova de 1987

(créditos da imagem: Telescópio Espacial Hubble)
 
Em 1987, uma estrela numa galáxia satélite da via láctea explodiu nas redondezas da Nebulosa da Tarântula (NGC 2070), situada na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia anã próxima, pertencente ao Grupo local. Em 1994, o Telescópio Espacial Hubble, em órbita na Terra, conseguiu uma imagem bem detalhada dos remanescentes desta explosão. Esta foto acima mostrou anéis incomuns e inesperados, e os astrônomos na época não tinham certeza de como eles se formaram. Pode-se dizer que ocorreu aproximadamente a 168 000 anos-luz (51,4 kiloparsecs) da Terra, o suficiente para a tornar visível a olho nu. Foi a supernova mais próxima observada desde a SN 1604

Atualmente, os astrônomos explicam os misteriosos anéis vistos acima:

"A explosão de uma supernova pode expulsar para o espaço até 90% da matéria de uma estrela. O núcleo remanescente tem massa superior a 1,5 Massas solares, a pressão de degenerescência dos elétrons não é mais suficiente para manter o núcleo estável; então os elétrons colapsam com o núcleo, chocando-se com os prótons, originando nêutrons: o resultado é uma estrela composta de nêutrons, com aproximadamente 15 km de diametro e extremamente densa, conhecida como ''estrela de nêutrons'' ou Pulsar. Mas, quando a massa desse núcleo ultrapassa 3 massas solares, nem mesmo a Pressão de Degenerescência dos nêutrons consegue manter o núcleo. Então a estrela continua a se colapsar, dando origem a uma singularidade no espaço-tempo, conhecida como Buraco negro, cuja velociade de escape é um pouco maior do que a velocidade da luz."

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