sexta-feira, 28 de junho de 2013

E ai, Universo? Auroras boreas

E ai, Universo? Para abrir a semana da Terra, falaremos sobre um dos fenômenos atmosféricos mais incríveis e surpreendentes da natureza: As auroras austrais e boreais. Um show de luzes espetaculares e psicodélicas que cruzam o céu, mudando de forma constantemente, observado com maior frequência próximo as regiões polares.

Aurora boreal - Islândia
Créditos: Stephane Vetter (NASA)

O nome Aurora vem da deusa romana do amanhecer, e do deus grego do vento norte, Boreas, daí o nome Aurora Boreal, para o hemisfério norte. No hemisfério sul é chamado de Aurora Austral. Muito antes de fascinar os astrônomos, as auroras fascinaram as primeiras pessoas que a avistaram nas regiões polares. Os antigos escandinavos, acreditavam que uma raposa gigante cruzava o céu abanando sua calda, fazendo surgir as luzes do norte.

As auroras são formadas quando o sol emite uma corrente de partículas carregadas chamada de vento solar. Essa força cósmica é intensificada durante os períodos onde ocorrem as tempestades solares. Durante essas tempestades, o Sol pode liberar um fluxo de gás ionizado, de alta temperatura, chamadas explosões solares ou ejeção de massa coronal. A uma velocidade de 1200 Km/s, o vento solar leva cerca de dois dias para atingir o campo magnético terrestre. Conforme essas partículas viajam pelo campo magnético em direção aos pólos, elas ionizam os gases na camada superior da atmosfera, fazendo com que eles emitam sua cor característica, produzindo as luzes coloridas que formam a aurora.

Imagem [NASA]

Quando as partículas energéticas atingem a camada superior da atmosfera, encontram primeiro o Oxigênio atômico, que produz a emissão de luz vermelha e luz verde, as cores predominantes na aurora. Mais abaixo, essas partículas podem encontram o Nitrogênio molecular, isso durante uma tempestade solar intensa, o que faz a aurora emitir uma coloração roxa, logo abaixo do verde. Dependendo do período de atividade solar, uma aurora pode durar de alguns minutos à vários dias. Também, em raras ocasiões, pode ser observadas em latitudes mais baixas, como em 2003, onde a aurora pôde ser observada em Washington, EUA, e varias cidades da Europa. 

A aurora pode ser vista além da Terra, já que o vento solar se espalha em todas as direções, indo para outros lugar do sistema solar. Os planetas Júpiter e Saturno possuem um vasto campo magnético, muitas vezes superior ao campo magnético terrestre, o que provoca auroras maiores e mais intensas.


Embora a aurora seja apenas um efeito colateral da interação do Sol com a Terra, ela ajuda os astrônomos a entender o que ocorre na atmosfera externa do solar, seus periodos de tempestades e como nossa estrela-mãe afeta nossa vida aqui no planeta Terra.

O video abaixo mostra uma Aurora Boreal, que ocorreu durante o inverno de 2010 em Tromso, Noruega. Nele podemos observar o movimento da aurora, assim como o brilho e a coloração caracteristica do das Oxigênio, na alta atmosfera.

Créditos de Imagem: Tor Even Mathisen; Música: Per Wollen; Vocal: Silje Beate Nilssen [NASA]

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Fonte: [NASA], [InovaçãoTecnologia],[History Channel]

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