Olá, vigias! Vocês já devem ter ouvido falar sobre o Mito de Perseu, certo? Se não, vamos explicar esse mito com calma. Então, sabemos que Zeus era um amante insaciável de mulheres e que tinha caso com outras deusas e humanas, certo? Perseu era filho de Zeus e Danae (a filha de Acrísio de Argos). Após saber de uma profecia, em que seria morto pelo próprio neto, Acrísio, num surto de fúria, atirou sua filha e seu neto no mar, aprisionados numa caixa.
Perseu cresceu como um jovem corajoso na ilha de Seriphus, onde a caixa atracou depois da deriva. O rei Polidectes de Seriphus se apaixonou pela mãe de Perseu, Danae, que ainda era muito bonita e há muito queria raptá-la para si. Perseu manteve-se sempre ao seu lado, como um fiel servo mas o Rei, tentando enganar o jovem para poder raptar a mãe dele, mandou que ele obtivesse a cabeça da Medusa que vivia entre as Górgonas. (Górgonas eram relatadas como criaturas aladas do sexo feminino com cabelo composto por cobras. Suas cabeças tinham o poder de transformar todos os que as olhavam em pedras).
Perseu foi ajudado por Hermes (Mensageiro) e Atena (deusa da sabedoria, das artes úteis, da guerra prudente e da fertilidade), e pressionou Graiae (as irmãs das Górgonas que compartilhavam um olho e um dente) para ajudá-lo também.
Então ele aproveitou esses itens e se recusou a devolvê-los até que lhes dessem sandálias aladas (permitia voar), o capacete de Hades (invisibilidade), uma foice (com a qual decapitaria a medusa) e um saco, para esconder a cabeça.
Medusa transformou todos os que se aproximavam dela em pedra e Perseu sorrateiramente aproximou-se dela enquanto dormia, guiando-se pelo reflexo de seu escudo. Quando a Medusa acordou, atordoada por ver seu reflexo no escudo, Perseu aproveitou a oportunidade para decapitá-la. E com isso, a partir do sangue da Medusa, brotou o cavalo alado Pégaso.
Depois de salvar Andrômeda, Perseu voltou para Seriphus e salvou a sua mãe do rei Polidectes, usando a cabeça da Medusa. Mais tarde, Perseu deu a cabeça da Medusa para Atena, devolveu as sandálias aladas, o capacete de Hades e a foice para Hermes. Ele levou sua mãe de volta para seus nativos Argos, onde Perseu acidentalmente atingiu Acrisius num torneio de lançamento de discos, cumprindo assim a profecia de que mataria o seu avô.
Essa história serve para entender mais ou menos o porquê da nomenclatura dessa constelação. Ela representa Perseu segurando a cabeça da medusa, que muda o seu brilho. Os antigos povos árabes achavam isso assustador, por isso denominaram essa estrela de Algol, que significa “o demônio estrela”. Algol é Beta Persei, a mais famosa das variáveis estrelas eclipsantes.
Por essa constelação ser muito rica, daremos início a uma pequena maratona para aprender mais sobre os objetos contidos em Perseu, entre eles Messier 34, Nebulosa Dumbbell Little (Messier 76), NGC 1499 e NGC 1333. Apreciem, até a próxima!